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quarta-feira, 29 de junho de 2011

OMS divulga diretrizes para acesso de homossexuais a tratamentos anti-aids

Um dos objetivos é evitar a exclusão em países onde o homossexualismo é perseguido ou não é reconhecido legalmente

OMS: homossexuais têm 20 vezes mais risco de contrair o vírus HIV que o restante da população
OMS: homossexuais têm 20 vezes mais risco de contrair o vírus HIV que o restante da população (Photodisc/Thinkstock)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira pela primeira vez "diretrizes mundiais" destinadas a ampliar o acesso dos homossexuais aos tratamentos contra a aids. Essas diretrizes instam os países a facilitar a prevenção e o acesso dos homossexuais aos tratamentos contra a aids e a tomar medidas que evitem a exclusão que essa parcela da população sofre em 75 países do mundo — a maioria na África, onde o homossexualismo é perseguido e não é legalmente reconhecido para os transexuais.
O diretor do Departamento HIV/Aids da OMS, Gottfried Hirnschall, afirmou que os homossexuais têm 20 vezes mais risco de contrair o vírus HIV que o restante da população, e os transexuais têm uma taxa de infecção que varia entre 8 e 68%, de acordo com o país. "Se não dermos atenção a essa população-chave da epidemia, nunca conseguiremos erradicá-la", disse Hirnschall.
O diretor criticou também "a perseguição, a exclusão, a discriminação e outras formas de violência" sofridas pelos gays em vários países. Segundo ele, isso faz com que frequentemente os doentes tenham acesso tardio aos serviços de saúde ou não tenham acesso algum.
(Com agência France-Presse)

Fonte:  http://veja.abril.com.br/noticia/saude/oms-divulga-diretrizes-para-acesso-de-homossexuais-a-tratamentos-anti-aids

Homossexualismo e Saúde

Homossexualismo: Onde Entra a Questão da Saúde

O homossexualismo vem sendo debatido por diversos ângulos. Do ponto de vista da saúde, ele é visto pelas muitas questões que o rodeiam e não pela sua condição em si, uma vez que deixou de ser considerado como doença. A saúde do homossexual está sendo discutida do ponto de vista do seu conforto psicológico, a partir da sua aceitação sócio-cultural

Por ser uma questão que envolve vários aspectos polêmicos, em especial os culturais, jurídicos e sociais, o homossexualismo costuma também ser um tema controverso para a saúde.

Centenas de pesquisas foram realizadas e outras centenas estão em curso para tentar definir a homossexualidade: trata-se de uma doença? Um distúrbio? Uma perversão? Uma opção? Seja como for, embora os números variem, aceita-se dizer que cerca de 10% da população é lésbica ou homossexual numa parte significativa das suas vidas, conforme explica o Grupo Gay da Bahia (GGB), atuante ONG (Organização Não-Governamental), em sua página na Internet sobre o assunto.

“É difícil determinar percentagens exatas devido ao fato de muitos daqueles que temem o preconceito esconderem a sua orientação sexual”, ponderam. Segundo o GGB, “os indivíduos homossexuais crescem em todo o tipo de lares, em todos os tipos de famílias. São criados nas áreas rurais, nas grandes cidades e em todos os locais deste mundo. Os homossexuais estão presentes em todos os grupos sócio-econômicos, étnicos e religiosos imagináveis”.

Assumindo-se estes dados como verdadeiros, estamos tratando aqui de uma parcela consideravelmente grande da população, realmente expressiva, impossível, portanto, de ser ignorada nas suas questões de saúde, assim como nas suas demandas sociais, culturais ou jurídicas.

Pequeno Histórico

No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) em Minuta de Resolução do dia 03 de março de 1999, estabelece uma série de normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual, em especial partindo do princípio que a homossexualidade “não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.

De acordo com o que rege esta minuta do CFP, os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades, devendo eles apenas “contribuir com seu conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos e práticas homoeróticas”.

De acordo com a edição 27, ano XII, de agosto de 1993, do Boletim do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 1985, anos antes, portanto, do CFP se pronunciar sobre o tema, o Conselho Federal de Medicina também passou a impedir a classificação da homossexualidade como desvio e transtorno sexual.

Em 1989 o Código de Ética dos Jornalistas passou a incluir a proibição de discriminação por orientação sexual. Em 1990, nas leis orgânicas de 73 municípios e nas constituições dos Estados de Sergipe, Mato Grosso e Distrito Federal, foi incluída a expressa proibição de discriminar por orientação sexual.

Em outros países o homossexualismo está em discussão há ainda mais tempo. Em 1973, o Conselho de Administração da Associação Psiquiátrica Americana aprovou uma resolução que define: “exortamos todos os profissionais em saúde mental a que tomem a iniciativa de remover o estigma da doença mental associada à orientação sexual”.

A difícil tarefa: definir o homossexualismo Como é possível observar, a preocupação em definir o homossexualismo atinge áreas muito amplas – e nosso objetivo aqui é abordar apenas o aspecto saúde. Para o Grupo Gay da Bahia, militante das causas homossexuais, as definições importam muito e significam um diferencial importante na hora de tratar desta minoria – pois as questões do preconceito e da exclusão sociais, estas sim, podem gerar problemas sérios de ordem psíquica e emocional.

Embora a American Psychological Association (Associação de Psicologia Americana) não considere a homossexualidade como um desvio emocional ou mental, o GGB leva em conta que o estigma social associado ao fato de ser homossexual pode ser “emocionalmente devastador”.

De acordo com o APA’s & AMA’s Positions on Homossexuality, citado como fonte na página do GGB na Internet, “aparentemente a educação dada pelos pais tem pouca, se alguma, influência na orientação sexual de uma criança. No entanto, a atitude dos pais pode influenciar o modo como a criança aceita a sua sexualidade, quer seja heterossexual quer homossexual”.

É provavelmente dentro deste dado que entra a questão da saúde para os homossexuais: muito mais ligada aos preconceitos que estes indivíduos precisam enfrentar ao longo da descoberta e afirmação de sua condição, do que na sua condição propriamente dita.

Homossexualidade, para o Grupo Gay da Bahia, “é a atração sexual dirigida fundamentalmente para indivíduos do mesmo sexo”. Segundo eles, uma mulher que é atraída principalmente por mulheres é chamada de "lésbica" e um homem que se sente sexualmente atraído por homens é chamado "homossexual" ou "gay", embora estas duas palavras também se apliquem às mulheres.

Conforme o GGB, ter sentimentos para com alguém do mesmo sexo não faz desta pessoa necessariamente um homossexual, tendo em vista que “muitos rapazes e moças, durante a primeira infância e mesmo adolescência, sentem atração sexual e chegam mesmo a ter experiências homossexuais, mas não são gays nem lésbicas.

Muitos adultos sentem atrações ou têm experiências do tipo homossexual sem que se considerem eles próprios gays ou lésbicas”. De acordo com o que entende o GGB, não é ainda conhecida uma causa para a homossexualidade ou para a heterossexualidade.

“Uma das teorias refere que a orientação sexual é determinada da fase pré-natal. Outra teoria defende que é determinada depois do nascimento, por fatores ambientais. Em qualquer dos casos, a orientação sexual é estabelecida numa idade muito precoce”, explica.

Orientação Sexual: escolha ou condição?

Para não nos confundirmos com o sentido das expressões, cabe partirmos para algumas definições. De acordo com extenso trabalho realizado pelo deputado do Partido dos Trabalhadores, do Rio Grande do Sul, Marcos Rolim, também presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, orientação sexual “é compreendida como a afirmação de uma identidade pessoal cuja atração e/ou conduta sexual direcionam-se para alguém de mesmo sexo (homossexualismo), sexo oposto (heterossexualismo), ambos os sexos (bissexualismo) ou a ninguém (abstinência sexual).

Segundo o GGB, a orientação sexual de um indivíduo não pode ser alterada. Eles consideram que se a homossexualidade é apenas uma das variações do comportamento sexual, a pergunta mais correta a ser feita seria “Os homossexuais devem mudar? E se sim, por que?”.

De acordo com o GGB, “estudos sobre o assunto mostraram que as tentativas para mudar a orientação sexual de alguém são correntemente mal sucedidas e muitas vezes levam a uma depressão agravada, e ao suicídio”. Eles atestam ainda, apoiados em estatísticas, que a maioria dos homossexuais não vêem razão para mudar, e que muitos homossexuais consultados por eles referiram que aceitar a sua orientação sexual foi um processo difícil devido ao preconceito com que homossexuais e lésbicas precisam se confrontar.

Ainda conforme o GGB, a orientação sexual, quer para heterossexuais, quer para homossexuais, não parece ser algo que uma pessoa escolha. “Alguns estudos recentes indicam que a orientação sexual tem uma grande influência genética ou biológica sendo, provavelmente, determinada antes ou pouco depois do nascimento.

Se bem que estes estudos não sejam conclusivos, é irresponsável assumir que a homossexualidade é uma escolha”, afirmam, acrescentando: “Existem mais provas científicas que suportam a idéia que a orientação tem uma componente genética, do que provas que indiquem que é apenas uma questão de opção. Tal como os heterossexuais, os homossexuais descobrem a sua sexualidade como um processo de crescimento.

A única escolha que o homossexual pode tomar é a de viver a sua vida de acordo com a sua verdadeira natureza, ou de acordo com o que a sociedade espera dele”.

Os militantes do Grupo Gay da Bahia são ainda mais taxativos ao desenvolver o assunto da escolha da orientação sexual: “Descrever a homossexualidade como um simples caso de escolha é ignorar a dor e confusão por que passam tantos homens e mulheres homossexuais quando descobrem a sua orientação sexual.

É absurdo pensar que esses indivíduos escolheram deliberadamente algo que os deixa expostos à rejeição por parte da família, amigos e sociedade”, discursam. Eles vão mais longe: “A crença que a homossexualidade é uma escolha, esconde a elevada taxa de suicídios entre adolescentes atribuídos à orientação sexual.

Porque iria um adolescente acabar com a sua vida, se podia, pura e simplesmente, evitar a vergonha, o medo e o isolamento escolhendo ser heterossexual? Este preconceito também ignora todos os homossexuais que tentaram viver a sua vida como heterossexuais, escondidos atrás de uma fachada de casamento, sempre sentido um vazio e falta de realização pessoal”, argumentam, baseados no Summary of Studies on the Origin of Sexual Orientation, que citam como fonte na sua página na Internet.

Depoimento:

O Grupo Gay da Bahia publicou o seguinte depoimento que explica o sentimento da mãe de uma garota lésbica, além de ajudar, a partir de uma metáfora, a entender a definição mais aceita pelos militantes homossexuais para a sua condição: "A maioria de nós é como um trevo de três folhas - bastante comuns, ninguém presta muita atenção em nós - mas de vez em quando encontramos um trevo de quatro folhas - uma descoberta rara e maravilhosa. Eu lembro que, quando era criança, eu passava horas procurando por este trevo de quatro folhas. De vez em quando eu achava um e o guardava dentro de um livro ou entre folhas de papel encerado. Este trevo era como um tesouro para mim, algo que eu queria cuidar e proteger".

"Minha filha é como um desses trevos de quatro folhas; acontece que ela tem uma orientação sexual diferente da minha. Ela é um tesouro para mim, alguém que eu quero proteger. Um trevo de quatro folhas não é anormal, apenas é raro e diferente dos outros. Eu nunca pensaria em arrancar uma das folhas para que ele se parecesse com um trevo de três folhas."

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3752&ReturnCatID=1781

terça-feira, 21 de junho de 2011

Exame do Pezinho (Triagem Neonatal)



O que é Triagem Neonatal?


A triagem neonatal é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou infecciosas, assintomáticas no período neonatal, a tempo de se interferir no curso da doença, permitindo, desta forma, a instituição do tratamento precoce específico e a diminuição ou eliminação das seqüelas associadas à cada doença.

Passo a passo
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Toda criança nascida em território nacional tem o direito à triagem neonatal (Teste do Pezinho). Mas, para que este alcance o seu objetivo primordial de detectar algumas doenças que podem causar seqüelas graves ao desenvolvimento e crescimento, o teste deve ser feito no momento e da forma adequados.
O momento para a coleta, preferencialmente, não deve ser inferior a 48 horas de alimentação protéica (amamentação) e nunca superior a 30 dias, sendo o ideal entre o 3º e o 7º dia de vida. As gestantes devem ser orientadas, ao final de sua gestação, sobre a importância do teste do pezinho e procurar um posto de coleta ou um laboratório indicado pelo pediatra dentro deste prazo.
Desde a publicação da Portaria GM/MS nº 822 (Portaria Nº 822), assinada pelo Ministro José Serra, em 6 de junho de 2001, criando o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), todos os Estados brasileiros contam com pelo menos um Serviço de Referência em Triagem Neonatal e diversos postos de coleta para o Teste do Pezinho, espalhados por todos os municípios de cada Estado. Através do Serviço de Referência em Triagem Neonatal ou da própria Secretaria Municipal de Saúde, pode-se obter o endereço das Unidades de Coleta.
O PNTN prevê o diagnóstico de quatro doenças: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Hemoglobinopatias e Fibrose Cística. Os exames realizados em cada Estado serão aqueles para os quais está habilitado a fazer, conforme as fases de implantação estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a saber:
Fase I : Hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria;
Fase II: Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e hemoglobinopatias;
Fase III: Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística.
Os laboratórios privados realizam testes para outras doenças, cabendo ao pediatra selecionar as que são de interesse.
Ao comparecer ao posto de coleta, será feita uma ficha cadastral da criança com dados de identificação. É importante que a mãe dê todas as informações de forma clara, principalmente o endereço, já que, se o resultado estiver alterado, esta criança precisará ser localizada com rapidez.
Após a identificação, a coleta será realizada por uma enfermeira especialmente treinada. Todo o material necessário para a punção deverá ser descartável, bem como as luvas que serão utilizadas pela coletadora. O procedimento de coleta segue normas internacionais.
Após a coleta, o papel-filtro deve ser mantido em temperatura ambiente até a secagem completa do sangue, pelo menos 2 (duas) horas, e depois ser acondicionado conforme a orientação de cada laboratório.
O exame colhido será encaminhado a um laboratório central (seja ao laboratório do Serviço de Referência em Triagem Neonatal, seja a um laboratório privado), onde os exames deverão ser processados com a maior rapidez possível. Os Laboratórios de Referência encaminharão os resultados de volta ao posto de coleta, onde a família poderá obtê-lo para apresentação ao pediatra que acompanha a criança. Os laboratórios privados informarão às famílias sobre a entrega dos resultados, de acordo com as suas rotinas.
Nos casos com resultados de triagem alterados, o laboratório central deve acionar o posto de coleta para que entre em contato com a família e trazer a criança para a realização de exames confirmatórios.
Importante: o Teste do Pezinho é apenas um teste de triagem. Um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo de qualquer uma das doenças, necessitando, de exames confirmatórios.
Os profissionais que realizam a coleta são treinados para o trabalho de localização e orientação aos pais sobre as doenças triadas.
É fundamental que as famílias saibam que a maior parte das doenças triadas no Teste do Pezinho são assintomáticas no período neonatal e que, portanto, não devem demorar em procurar a confirmação diagnóstica dos casos suspeitos. O risco é gerar seqüelas graves e irreversíveis no desenvolvimento da criança, que só serão perceptíveis tardiamente.
Dependendo da doença detectada, pode-se obter adequada orientação sobre o tratamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, que contam com uma equipe multidisciplinar especializada, ou buscar apoio com especialistas.
No caso do hipotireoidismo congênito, o tratamento se baseia na reposição do hormônio tireoidiano T4 (L-tiroxina), porém as doses devem ser personalizadas, já que cada criança tem necessidades individuais. O ajuste de dose deve ser supervisionado por um endocrinologista.
A fenilcetonúria requer uma dieta especial, com restrição de proteínas em geral. Em alguns casos, a mãe será orientada a suspender o aleitamento e substituí-lo por um leite especial com baixos níveis de fenilalanina.
As demais doenças triadas requerem orientações específicas que podem ser obtidas com o pediatra, nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal ou junto ao laboratório que realiza o exame.
Importante: é fundamental que a família saiba que o tratamento só deve ser interrompido sob orientação médica.

Fonte:  http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24916&janela=2

domingo, 19 de junho de 2011

Teorias e Teoristas de Enfermagem

Na Enfermagem Moderna temos muitas teorias aplicadas à enfermagem. Segue as principais e suas teoristas:


Florence Nightingale 1820-1910
– Em 1859 apresentou a Teoria Ambientalista demonstrou que em ambiente limpo diminuía a infecção, conceito que hoje se compreende como Infecção Hospitalar.
 
Hildegard Peplau 1909-1999
– Sua proposta foi apresentada em 1952, com a Teoria Interpessoal, apresenta o processo de Interação Enfermeiro/Cliente, o modo como acontecem que elementos estão contidos nesta relação e como agir diante das situações adversas.
 
Faye Abdellah 1952...
– Em 1960, Abdellah propôs a Teoria Centrada nos Problemas, usava o método de resolução de problemas para lidar com (21) Problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes, para sustentação, restauração, prevenção, auto-ajuda, déficit ou excesso de necessidades.
 
Ernestine Wiedenbach 1900-1996
– Em 1958, sua proposta foi com a prática (Arte), sendo o foco a necessidade do paciente e a enfermagem um Processo Nutridor. Apresenta (4) quatro Elementos de Assistência: Filosofia, Propósito, Prática e Arte.
 
Virgínia Henderson 1897-1996
Teoria dos Componentes do Cuidado. A sua proposta foi apresentada em 1955 e defendeu a função da enfermagem que é assistir o individuo doente ou sadio no desempenho de atividades que contribuem para a saúde ou para uma morte tranqüila, ajudando-o para a independência.
 
Ida Jean Orlando
– 1926... A Teoria do Processo de Enfermagem foi proposta em 1961 na qual o foco foi o cuidado das necessidades dos pacientes que então em distresse propôs a Relação Dinâmica Enfermeiro – Paciente, considera a Percepção, Pensamento e Sentimento por meio de ações deliberadas. Utilizou pela primeira vez o termo Processo de Enfermagem.
 
Dorothea Orem 1914...
– A Teoria do Auto-Cuidado foi publicada em 1970 sendo que a enfermagem se apresenta como um sistema de ajuda para o Auto Cuidado, quando o paciente não possui condição de realizá-lo, Déficit de Auto-Cuidado é quanto o paciente não possui condições para executar o seu cuidado, Auto-Cuidado é o cuidado executado por pacientes com necessidades especiais e a capacidade do paciente em realizar o seu cuidado relacionando-a a Educação em Saúde, com o propósito de tornar o paciente independente.
 
Dorothy Johnson 1919-1999
– Em 1959, foi proposta a Teoria do Sistema Comportamental apresenta a enfermagem como Força Reguladora Externa agindo para preservar a organização e integração do comportamento do paciente a um ótimo nível. Quando o Comportamento é uma ameaça à Saúde Social ou Física, ou há doença, o homem é visto como Sistema Comportamental, com (8) oito Subsistemas cada qual tendo estrutura, função, imperativos funcionais, e cada um requerer proteção estimulação e apoio.
 
Imogenes King 1923...
– Em 1964, também foi apresentada a Teoria do Alcance de Objetivos, King apresenta a enfermagem como um Processo de Interação Enfermeira/Cliente que colabora para o alcance dos Objetivos no Ambiente Natural. Baseou-se na Teoria dos Sistemas, apoiando a idéia de que há um Sistema Social, Interpessoal e Pessoal.
 
Betty Neuman 1924...
– Em 1974 foi publicada a Teoria dos Sistemas de Neuman acreditava que a enfermagem era uma profissão que ajuda indivíduos a buscarem a melhor resposta aos Estressores que podem ser Internos e Externos. Desenvolveu o Modelo de Sistemas Holísticos, com visão geral dos Aspectos Fisiológicos, Psicológicos, Sócio-Culturais e Desenvolvimentistas dos Seres Humanos, para proporcionar estrutura para integração destes enfoques. O Sistema Aberto em Enfermagem era considerado como Força Unificadora, que reconhece a complexidade do todo, enquanto valoriza a importância das partes.
 
Sister Callista Roy 1939...
– Em, 1970, Roy apresenta a Teoria da Adaptação, a qual encontra fundamento nos Referenciais de Estresse de Salye e de Adaptação de Lazarus autores que tiveram uma contribuição significativa no delineamento dos conceitos fundamentais de sua teoria. Desenvolveu estudo sobre Processos de Adaptação considera a estimulação focal, contextual e residual, seus efeitos sobre o mecanismo cognitivo e regulador que afeta os (4) quatro Modos Adaptativos da pessoa: Fisiológicos, Auto-Contexto, Função do Papel e Interdependência. Em 1976, Roy definiu Enfermagem como Ciência Humanística e, em 1984, introduziu o ser Biopsicossocial como cliente.
 
Martha E. Rogers 1914-1994
– A Teoria dos Seres Humanos Unitários, proposta em 1970, abordou o Processo Vital dos seres humanos e o homem unitário, considerando os campos Ambientais Energéticos, a Complementaridade, a Ressonância e a Helicidade.
 
Myra Levine 1920...
– Foi em 1967 que Levine desenvolveu a Teoria da Conservação de Energia e da Enfermagem Holística, ela propôs a enfermagem clínica, entende o ser humano como uma Unidade Corpo-Mente, um “todo” dinâmico, em constante interação com o ambiente dinâmico. A Intervenção de Enfermagem possuía a finalidade a Conservação da Energia, da Integridade Estrutural, Pessoal e Social.
 
Madeleine Leininger 1925...
– A proposta da Teoria do Cuidado Transculturalfoi apresentada em 1978, tendo como norte o Cuidado, sendo a essência da prática e do conhecimento. Descreveu a Teoria Transcultural e defendeu que a enfermagem deve considerar as Crenças e os Valores Culturais das pessoas, dando a elas identificação singular, individual e pessoal.
Josephine Patterson1924... e Loretta Zderad1925...
- Em 1960 sua proposta foi a Teoria Humanista na qual a situação dos indivíduos é experenciada existencialmente, pelos enfermeiros; a pessoa é uma Unidade Holística Intelectual; desenvolveu o termo “Nursologia”, sendo enfermagem um Ato Inter-Humano e um Ato do Ser Humano.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAvhcAI/teorista-teorias-enfermagem

terça-feira, 14 de junho de 2011

História da Anatomia

O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmas, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em animais. No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos. Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da "causa final", um sistema teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia.

Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as "séries de cinco figuras" medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais masculinos ou femininos. Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações de esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico ou simbólico mais que esquemático e sem finalidade didática alguma.

Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A guerra não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos mortos em combate. O embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas introduziram a prática de "cocção dos ossos". A bula pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns historiadores acreditaram equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa.

O verbo "dissecar" era usado também para descrever a operação cesariana cada vez mais freqüente. A tradição manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. As ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era limitada e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns erros, tanto de conceito como de técnica. As coisas "eram vistas" tal qual os antigos e as ilustrações realistas eram consideradas como um curto-circuito do próprio método de estudo.


A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa época era relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a sangria. Durante todo o tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática, as figuras não-realistas e esquemáticas foram suficientes.

O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais que decorações vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira representando peixes, pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão dentro da tradição manuscrita e são dificilmente identificáveis.

Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo do século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita consistente em copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo primário. Chegou-se ao convencimento de que o mais apropriado para o homem era o mundo natural e não a posteridade. O escolasticismo de São Tomás de Aquino havia preparado inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural e o sobrenatural, prevalecendo a teologia sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a lenta instauração de melhores técnicas. No começo os editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram que com a imprensa poderiam fazer grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde reconheceram a importância que cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir exatamente reproduções pictórica, daquilo que se observava, constituiu a característica distinta de várias disciplinas científicas, que descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e experimental mais tarde.

As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O Fasciculus medicinae era uma coleção de textos de autores contemporâneos destinada aos médicos práticos, que alcançou muitas edições. Na primeira (1491) utilizou-se a xilografia pela primeira vez, para figuras anatômicas. As ilustrações representam corpos humanos mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem a figura às explicações impressas nas margens. As dissecações foram desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista.

Na Segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous Brunschwig (cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. O capítulo final de uma obra de Johannes Peyligk (1474-1522) consiste numa breve anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze gravuras de madeira que inclui são algo mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista.


Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos estudantes de medicina e aos médicos, foram impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as obras para médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na concepção e na formação do feto humano. O uso freqüente da frase "conhece-te a ti mesmo" fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A "Dança da Morte" chegou a ser um tema muito popular, sobretudo nos países de língua germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas.

Os artistas renascentistas do século XV se interessavam cada vez mais pelas formas humanas, e o estudo da anatomia fez parte necessária da formação dos artistas jovens, sobretudo no norte da Itália.

Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista meramente pictórico. Fez preparações que logo desenhou, das quais são conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos. As ilustrações foram completadas muitas vezes com anotações do tipo fisiológico. A precisão de Leonardo é maior que a de Vesalio e sua beleza artística permanece inalterada. Sua valorização correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante mais de cem anos. Representou corretamente a posição do fetus in utero e foi o primeiro a assinalar algumas estruturas anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, sem dúvida, não foram publicados até o final do século passado.


Michelangelo Buonarotti (1475-1564) passou pelo menos vinte anos adquirindo conhecimentos anatômicos através das dissecações que praticava pessoalmente, sobretudo no convento de Santo Espírito de Florença. Posteriormente expôs a evolução a que esteve sujeito, ao considerar a anatomia pouco útil para o artista até pensar que encerrava um interesse por si mesma, ainda que sempre subordinada à arte.

Albrecht Dürer (1471-1528) escreveu obras de matemática, destilação, hidráulica e anatomia. Seu tratado sobre as proporções do corpo humano foi publicado após sua morte. Sua preocupação pela anatomia humana era inteiramente estética, derivando em último extremo um interesse pelos cânones clássicos, através dos quais podia adquirir-se a beleza.

Com a importante exceção de Leonardo, cujos desenhos não estiveram ao alcance dos anatomistas do século XVII, o artista do Renascimento era anatomista só de maneira secundária. Ainda foram feitas importantes contribuições na representação realista da forma humana (como o uso da perspectiva e do sombreado para sugerir profundidade e tridimensionalidade), e os verdadeiros avanços científicos exigiam a colaboração de anatomistas profissionais e de artistas. Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os conhecimentos anatômicos corretos, se iniciou em toda Europa um período de intensa investigação, sobretudo no norte da Itália e no sul da Alemanha. O melhor representante deste grupo é Jacob Berengario da Capri (+1530), autor dos Commentaria super anatomica mundini (1521), que contém as primeiras ilustrações anatômicas tomadas do natural. Em 1536, Cratander publicou em Basiléia uma edição das obras de Galeno, que incluía figuras, especialmente de osteologia, feitas de um modo muito realista. A partir de uma data tão cedo como 1532, Charles Estienne preparou em Paris uma obra em que ressaltava a completa representação pictórica do corpo humano.

VESÁLIO

Uma das primeiras e mais acertada solução para uma reprodução perfeita das representações gráficas foi encontrada nas ilustrações publicadas nos tratados anatômicos de Andrés Vesálio (1514-1564), que culminou com seu De humanis corpori, fabricada em 1553, um dos livros mais importantes da história do homem. Vesálio comprovou também que não são iguais em todos os indivíduos. Relatou sua surpresa ao encontrar inúmeros erros nas obras de Galeno, e temos que ressaltar a importância de sua negativa em aceitar algo só por tê-lo encontrado nos escritos do grande médico grego. Sem dúvida, apesar de ter desmentido a existência dos orifícios que Galeno afirmava existir comunicando as cavidades cardíacas, foi de todas as maneiras um seguidor da fisiologia galênica. Foram engrandecidas as diferenças que separavam seu conhecimento anatômico do de Galeno, começando pelo próprio Vesálio.

Talvez pensasse que uma polêmica era um modo de chamar atenção. Manteve depois uma disputa acirrada com seu mestre Jacques du Bois (ou Sylvius, na forma latina), que foi um convencido galenista cuja única resposta, ante as diferenças entre algumas estruturas tal como eram vistas por Vesálio e como as havia descrito Galeno, foi que a humanidade devia tê-lo mudado durante esses dois séculos.

Vesálio tinha atribuído o traçado das primeiras figuras a um certo Fleming, mas na Fabrica não confiou em ninguém, e a identidade do artista ou artistas que colaboraram na sua obra tem sido objeto de grande controvérsia, que se acentuou ante a questão de quem é mais importante, se o artista ou o anatomista. Essa última foi uma discussão não pertinente, já que é óbvio que as ilustrações são importantes precisamente porque juntam uma combinação de arte e ciência, uma colaboração entre o artista e o anatomista. As figuras da Fabrica implicam em tantos conhecimentos anatômicos que forçosamente Vesálio devia participar na preparação dos desenhos, ainda que o grau de refinamento e do conhecimento de técnicas novas de desenho, também para os artistas do Renascimento, excluem também que fora o único responsável. Até hoje é discutido se Jan Stephan van Calcar (1499-1456/50), que fez as primeiras figuras e trabalhou no estúdio de Ticiano na vizinha Veneza, era o artista. De qualquer maneira, havia-se encontrado uma solução na busca de uma expressão pictórica adequada aos fenômenos naturais.

No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da anatomia e da fisiologia humana. Francis Glisson (1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o intestino. Apesar de seus pontos de vista sobre a biologia serem basicamente aristotélicos, teve também concepções modernas, como a que se refere aos impulsos nervosos responsáveis pelo esvaziamento da vesícula biliar.

Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e comum idéia de que o cérebro era uma glândula que secretava muco (sem dúvida, continuou acreditando que as lágrimas se originavam ali). Wharton descreveu as características diferenciais das glândulas digestivas, linfáticas e sexuais. O conduto de evacuação da glândula salivar submandibular conhece-se como conduto de Wharton. Uma importante contribuição foi distinguir entre glândulas de secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai no sangue, e as glândulas de secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades.

Niels Steenson, em 1611, estabeleceu a diferença entre esse tipo de glândula e os nódulos linfáticos (que recebiam o nome de glândula apesar de não fazer parte do sistema). Considerava que as lágrimas provinham do cérebro. A nova concepção dos sistemas de transporte do organismo que se obteve graças às contribuições de muitos investigadores ajudou a resolver os erros da fisiologia galênica referentes à produção de sangue.


Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o peritônio e o intestino de um cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem seccionadas, extravasavam um líquido esbranquiçado. Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a época de Harvey se pensava que a respiração estimulava o coração para produzir espíritos vitais no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o sangue nos pulmões mudava de venoso para arterial, mas desconhecia as bases desta transformação. A explicação da função respiratória levou muitos anos, mas durante o século XVII foram dados passos importantes para seu esclarecimento.

Robert Hook (1635-1703) demonstrou que um animal podia sobreviver também sem movimento pulmonar se inflássemos ar nos pulmões.

Richard Lower (1631-1691) foi o primeiro a realizar transfusão direta de sangue, demonstrando a diferença de cor entre o sangue arterial e o venoso, a qual se devia ao constato com o ar dos pulmões.

John Mayow (1640-1679) afirmou que a vermelhidão do sangue venoso se devia à extração de alguma substância do ar. Chegou à conclusão de que o processo respiratório não era mais que um intercâmbio de gases do ar e do sangue; este cedia o espírito nitroaéreo e ganhava os vapores produzidos pelo sangue.

Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por Christopher Wren e Richard Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado sobre o sistema nervoso. Seus estudos anatômicos ligaram seu nome ao círculo das artérias da base do cérebro, ao décimo primeiro par craniano e também a um determinado tipo de surdez. Contudo, sua obsessão em localizar no nível anatômico os processos mentais o fez chegar a conclusões equívocas; entre elas, que o cérebro controlava os movimentos do coração, pulmões, estômago e intestinos e que o corpo caloso era assunto da imaginação.

A partir de então, o desenvolvimento da anatomia acelerou-se. Berengario da Carpi estudou o apêndice e o timo, e Bartolomeu Eustáquio os canais auditivos. A nova anatomia do Renascimento exigiu a revisão da ciência. O inglês William Harvey, educado em Pádua, combinou a tradição anatômica italiana com a ciência experimental que nascia na Inglaterra. Seu livro a respeito, publicado em 1628, trata de anatomia e fisiologia. Ao lado de problemas de dissecação e descrição de órgãos isolados, estuda a mecânica da circulação do sangue, comparando o corpo humano a uma máquina hidráulica. O aperfeiçoamento do microscópio (por Leeuwenhoek) ajudou Marcello Malpighi a provar a teoria de Harvey, sobre a circulação do sangue, e também a descobrir a estrutura mais íntima de muitos órgãos. Introduzia-se, assim, o estudo microscópico da anatomia. Gabriele Aselli punha em evidência os vasos linfáticos; Bernardino Genga falava, então, em “anatomia cirúrgica”.

Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vês pormenorizado das técnicas operatórias levou à subdivisão da anatomia, dando-se muita importância à anatomia topográfica. O estudo anatômico-clínico do cadáver, como meio mais seguro de estudar as alterações provocadas pela doença, foi introduzido por Giovan Battista Morgani. Surgia a anatomia patológica, que permitiu grandes descobertas no campo da patologia celular, por Rudolf Virchow, e dos agentes responsáveis por doenças infecciosas, por Pasteur e Koch.

Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscópica. A fisiologia, a bioquímica, a microscopia eletônica e positrônica, as técnicas de difração com raios X, aplicadas ao estudo das células, estão descrevendo suas estruturas íntimas em nível molecular.

Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, através de técnicas de imagem como a radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomografia por emissão de positrões, a imagem de ressonância magnética nuclear, a ecografia, a termografia e outras.


Fonte: http://www.auladeanatomia.com/

Curiosidades sobre o Corpo Humano


Confiram algumas curiosidades:

Por que piscar?Piscamos em média 25 mil vezes por dia. Precisamos disso para espalhar lágrimas pelos olhos que devem sempre estar úmidos e lubrificados para se protegerem de corpos estranhos como a poeira.
Por dia um adulto produz de 1 a 2 litros de lágrimas.

Quantas vezes trocamos de pele?As células se renovam a cada 20 ou 30 dias. Ou seja, ao longo da vida “trocamos” de pele mais ou menos mil vezes!

Qual a capacidade de ar dos pulmões?Cerca de 5 litros de ar, porém somente meio litro é renovado a cada respiração. Como a freqüência respiratória é de cerca de 15 movimentos por minuto, respiramos 450 litros de ar em uma hora; 10.800 litros por dia ou ainda 3,9 milhões de litros em um ano!

Qual a quantidade de sangue que circula no corpo?
Cinco litros em média. Com o coração batendo na média de 70 vezes por minuto, a cada batida ele bombeia 90 mililitros de sangue que percorrem o corpo em apenas um minuto.

Qual o limite de comida suportada pelo estômago?
O estômago é um órgão elástico, quando vazio tem um volume de 50 mililitros. Porém ele pode aumentar 80 vezes sua capacidade se você comer sem parar. Isto equivale a 3 ou 4 litros de comida. Se a pessoa insistir em continuar comendo a reação natural é o vômito

Sangue ou Espermatozóide: Quem é mais rápido?
O Espermatozóide se move a cerca de 45 km/hora. Já o Sangue, na aorta ao sair do coração se move a incríveis 108 km/h. Para completar o grid da corrida temos o Espirro que alcança 150 km/h. Mas o vencedor é o Impulso nervoso que chega a impressionantes 360 km/h!

Qual a produção diária de gases?Por volta de 1 a 1,5 litros. A maior parte é de gases que engolimos ao falar ou comer. Ele vai até o estômago que pode devolvê-lo pela boca na forma de arroto ou segue para o intestino.

Qual a quantidade de fezes produzidas por dia?Em média, 150 gramas.

As unhas dos pés e das mãos crescem na mesma velocidade?
Não. As da mão crescem quatro vezes mais rápido do que as dos pés.

Fonte: Revista Mundo Estranho, Curiosando

sábado, 11 de junho de 2011

Principais acidentes na Infância

Os acidentes constituem uma importante causa de morbidade e mortalidade na infância em todo o mundo. As crianças, adolescentes e pessoas idosas são os grupos mais vulneráveis. As primeiras pela sua limitação física, sensorial, psicomotora e cognitiva, que só serão desenvolvidas com o tempo. Os adolescentes por assumirem atitudes arriscadas e irrefletidas expondo-se ao acidente, como parte do comportamento próprio da idade. Os velhos pela sua limitação física, auditiva e visual.
O rápido e intenso desenvolvimento material, tecnológico, a mudança de modo de vida, se por um lado trazem maior conforto e solução para uma série de problemas, por outro, proporcionam novas situações de acidente. Assim, o carro que conduz a pessoa ao trabalho pode ser o responsável pelo acidente. À medida que uma sociedade se desenvolve e controla a mortalidade devida a doenças transmissíveis e a desnutrição, o acidente ganha maior importância como causa de óbito. Por isso é necessário que o enfermeiro esteja consciente do seu papel, como agente no controle desta patologia e inclua na sua prática dália a orientação sobre prevenção de acidentes na infância.
Os acidentes constituem a principal causa de óbito durante o primeiro ano de vida, especialmente em crianças de 6 a 12 meses. A vigilância, a atenção e a supervisão constantes são essenciais, à meada que a criança adquire maiores habilidades locomotoras e manipulatias, que se acompanham de curiosidade em relação ao ambiente. Podemos agrupar os acidentes nas seguintes categorias:
aspiração de corpos estranhos, sufocação, quedas, intoxicação, queimaduras, acidentes por veículos motorizados e lesão corporal. No entanto, estes acidentes podem ser evitados levando em consideração o estado do desenvolvimento da criança e proporcionando orientações adequadas a estes pais, insistindo na importância das medidas preventivas. Discutir com os pais e fornecer orientações sobre os maiores riscos de acordo com a idade da criança é o melhor caminho.

l - Lactente até 6 meses
Quedas
  • não deixar o bebê sozinho em lugares altos nem mesmo por instantes.
  • não deixar que uma criança carregue o bebê no colo.
  • cuidados com o caminho.
Queimaduras
  • não levar nada quente enquanto carrega o bebê no colo.
  • cuidado com a temperatura do banho.
  • cuidado com cigarros.
Sufocação
  • devido aspiração de corpo estranho.
  • não deixar objetos pequenos ao alcance da criança.
  • não dar alimentos em pedaços grandes e duros.
Intoxicação
  • cuidado com gotas nasais, remédios para resfriado, xaropes e inseticidas.
 Acidentes de automóvel
  • andar no banco traseiro com cadeiras especiais.

2 - Lactentes de 7 a 12 meses
 Queda
  • não deixar sozinho em lugares altos.
  • colocar portões nas escadas.
  • baixar o estrado do berço quando a criança já ficar de pé.
  • retirar móveis com quinas.
Queimadura
  • não deixar copos com líquidos quentes ao alcance do bebê.
  • não deixar a criança na cozinha no momento do preparo da refeição.
  • controlar a temperatura da água do banho.
 Afogamento
  • nunca deixar o bebê sozinho no banho ou próximo de piscina.
 Envenenamento
  • não deixar remédios e produtos tóxicos ao alcance do bebê.
 Sufocação
  • nunca deixar objetos pequenos ao alcance das crianças.
  • não oferecer grandes pedaços de alimentos duros.
  • não colocar cordão de chupeta em tomo do pescoço do bebê.
Choque elétrico
  • usar protetores de tomadas.
Acidente de automóvel
  • não segure a criança no colo, use o contentor apropriado para a idade.

3- Crianças de l a 2 anos
Quedas e ferimentos
  • colocar portões nas escadas.
  • instalar grades em todas as janelas no caso de se morar em edifícios.
  • use pratos e copos de plástico.
  • remova móveis com bordas cortantes.
  • prevenir mordedura de animais.
Queimaduras e choques elétricos
  • nunca deixe a criança sozinha na cozinha.
  • deixar os cabos das panelas voltados para dentro do fogão.
  • não deixe a criança brincar com objetos metálicos que possam ser introduzidos em tomadas elétricas e use protetores de tomadas.
  • não deixar a criança brincar com lata de talco.
  • não oferecer alimentos como: amendoim, pipoca, goma de mascar e balas escorregadias.
Afogamento
  • não deixar a criança sozinha na banheira.
  • nunca deixar a criança sozinha perto de piscinas e lagos.
Auto-segurança
  • não permitir que as crianças brinquem na rua.
  • segurar a mão da criança para atravessar a rua.
  • transportar a criança no banco traseiro do carro e em assentos apropriados.

4 - Crianças de 2 a 6 anos
Esta criança corre, pula e já começa a entender, mas ainda não sabe o que é perigoso. A criança precisa de proteção, supervisão e disciplina firme. Crianças de mais de 3 anos já entendem, mas ainda precisam de proteção.
Quedas, ferimentos e afogamentos
  • instalar grades nas janelas de edifícios.
  • instale portões nas escadas.
  • guarde facas, tesouras e armas longe do alcance das crianças.
  • não deixe a criança sozinha perto de piscina e lagos. Iniciar se possível aulas de natação.
Queimaduras
  • não deixar a criança sozinha na cozinha no momento do preparo das refeições.
  • cuidado com panelas, fogão e ferro de passar quentes.
  • ensine o perigo do fogo. Evite usar fogos de artifícios.
Auto-segurança
  • transportar a criança no banco traseiro do carro e em assentos apropriados.
  • só deixe andar de bicicleta em lugares seguros.
Envenenamento
  • só tenha em casa os remédios e produtos tóxicos absolutamente necessários.
  • mantenha remédios e produtos perigosos fora da visão e do alcance das crianças.
  • jogue fora restos de remédios.
  • não tome remédios na frente das crianças (elas tendem a imitar os adultos).
  • não transfira produtos tóxicos para garrafas de refrigerantes.
Mordida de Animais
  • ensine a criança a não acariciar animais estranhos nem provocar qualquer animal.
  • ensine a criança a não acordar um cão que esteja dormindo nem se aproximar de cão que esteja comendo.
  • vacine os cães de casa.
Segurança no tráfego
  • não permita que a criança ande de bicicleta na rua.
  • no carro devem ficar sempre no banco traseiro.
  • usar cintos de segurança (dê o exemplo) em crianças de mais de 20 Kg.
  • ensine regras de trânsito.

Ao considerar os possíveis perigos ambientais aos quais as crianças estão expostas, a tarefa de prevenir esses acidentes apenas começam a ser consideradas. As enfermeiras precisam conhecer as possíveis causas de lesão, em cada faixa etária, a fim de fornecer orientação preventiva antecipada. Portanto, a educação preventiva dos pais deve ocorrer, em termos ideais, durante a gestação. Já que dois terços de todos os acidentes que envolvem crianças ocorrem no lar.
No que diz respeito à prevenção de acidentes e disciplina, deve-se enfatizar um fator adicional. As crianças são imitadoras; elas imitam o que vêm e ouvem. A prática de medidas de segurança ensina segurança à criança, o que se aplica aos pais e seus filhos, bem como às enfermeiras e seus clientes. Dizer uma coisa e fazer outra confunde as crianças e pode acarretar problemas de disciplina à medida que a criança vai crescendo.
A prevenção de acidentes requer proteção e educação

Autora:
SILVANA DENOFRE CARVALHO
Profa. Assistente do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

Fonte: http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/acidente.htm